PF faz ação contra grupo que planejava matar autoridades; Moro era um dos alvos

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Nesta quarta-feira (22/3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sequaz, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, contra servidores públicos e autoridades. O ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou ser um dos alvos. Pelas redes sociais, o senador agradeceu a atuação das Polícias Federal e Militar do Paraná.

“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu.

O segundo alvo seria o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado de São Paulo). Gakiya foi o autor do pedido que transferiu, em fevereiro de 2019, 22 líderes do PCC, facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas, para presídios de segurança máxima.

A PF informou que, segundo a investigação, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná. Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

A informação de que a operação estava sendo realizada, e que um senador e um promotor de Justiça estariam entre as vítimas dos atentados foi revelada por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça)”, escreveu o ministro em uma rede social. “Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”.

A PF destacou que o nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas.

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