Após ordem judicial, Unisa reintegra alunos expulsos por “masturbação coletiva”

Foto: Reprodução

Os 15 alunos expulsos da faculdade de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) por atos obscenos de “masturbação coletiva” durante uma partida de vôlei feminino foram reinseridos na instituição. A decisão de readmitir os alunos segue uma ordem judicial tomada em caráter liminar nesta terça-feira (26/9) pela 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo.

A determinação ocorre após dois dos 15 alunos entrarem com um pedido de reintegração, alegando que sequer foram ouvidos antes da expulsão. Em resposta, o advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho, disse que os estudantes poderão apresentar suas defesas em uma comissão de sindicância.

“E essa decisão judicial, inclusive, estabelece a necessidade de se instaurar uma comissão de sindicância que nós, na verdade, já fizemos para nosso orgulho e tranquilidade. No bojo dessa comissão é que nós vamos, enfim, eventualmente manter as penas ou revê-las, com a supervisão, evidentemente, da Justiça Federal. Os alunos vão ter o direito de apresentar suas defesas” declarou.

Caberá a essa comissão decidir se a expulsão será mantida ou não. Carvalho destaca que a comunidade acadêmica da Unisa não aceita “comportamentos anticivilizatórios, indignos, sobretudo, com uma profissão tão importante como essa, que é a profissão médica”.

“A nossa preocupação é a de garantir uma formação técnica de excelência e, evidentemente, uma formação humanista e isso nós temos feito. Nós temos campanhas, reiteradas campanhas a respeito disso”, completou Carvalho.

Todos os alunos expulsos eram calouros, e eles voltam às aulas já nesta quarta-feira (27). O caso levantou um debate sobre os limites dos trotes dentro das universidades envolvendo os alunos recém-chegados.

Após o vídeo viralizar nas redes sociais, a Unisa foi expulsa dos jogos universitários por um ano. A decisão partiu da Liga Esportiva das Atléticas de Medicina do Estado de São Paulo (Leamesp).

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