Defesa de réus do 8 de janeiro pede ao STF que Dino seja impedido de julgar ações

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O advogado Ezequiel Sousa Silveira, que representa alguns dos réus do 8 de janeiro, argumentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o impedimento do ministro Flávio Dino, recém-empossado, para julgar denunciados pelos atos radicais que depredaram a Praça dos Três Poderes.

O defensor afirma que Dino não pode ser julgador das ações do 8 de janeiro porque “até pouco tempo, figurava como parte” dos mesmos, vez que era ministro da Justiça do governo Lula. Segundo Silveira, Dino era uma das principais figuras do governo e foi interlocutor entre o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido protocolado no dia 10 cita uma entrevista concedida pelo ministro Alexandre de Moraes ao jornal O Globo. Nela, o relator das ações do 8 de janeiro no STF diz que, por intermédio de Dino, falou com o presidente Lula no dia 8 de janeiro.

Em caso da não declaração de impedimento por parte de Dino, Silveira pede a oitiva do ministro, da Procuradoria-Geral da República e de uma série de testemunhas, incluindo Lula e Moraes, para que ao final do processo, o STF declare que o magistrado recém-empossado não possa julgar os réus do 8 de janeiro.

A petição foi protocolada no bojo da ação penal aberta contra Cirne Renê Vetter, acusado de envolvimento com os chamados “atos golpistas”. Ele responde ao processo em liberdade.

 

Com informações do PN

<
plugins premium WordPress