Delator do PCC morto em aeroporto levava mala com R$ 1 mi em joias

Foto: Reprodução/ Print de vídeo YouTube

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto na última sexta-feira (8), no Aeroporto de Guarulhos, transportava uma mala com joias no momento em que levou dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2. Gritzbach era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). As joias foram apreendidas pela polícia.

O ataque ocorreu por volta das 16 horas e os atiradores estavam com o carro estacionado, à espera da vítima. Uma dupla de criminosos realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Gritzbach foi atingido por dez tiros de fuzil, que transfixaram seu corpo.

O delator voltava de viagem quando foi executado. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos mostram Gritzbach levando uma mala de rodinhas quando é surpreendido pelos atiradores. Ele tenta fugir, é atingido pelos disparos e cai perto da faixa de pedestres. É possível ver outras pessoas correndo por causa do tiroteio

As joias tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão. São elas:

– 11 anéis prateados com pedras rosadas, outras esverdeadas, em formas de coração e de pingo;
– 6 pulseiras esverdeadas e douradas;
– 2 colares prateados em forma de pingo e com pingentes;
– 9 pares de brincos com pedras verdes, azuis e prateadas.

Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção paulista na região do Tatuapé, na Zona Leste da capital. Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas à facção.

O empresário fechou acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril. As negociações com o Ministério Público Estadual duravam dois anos e ele já havia prestado seis depoimentos.

Na delação, falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do país, com o futebol e o mercado imobiliário. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

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