“Discutir plano para matar, isso nunca aconteceu” diz Bolsonaro

Foto: Alan Santos/PR

No dia seguinte ao seu indiciamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista negando taxativamente ter participado de qualquer discussão a respeito de plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em conversa com a revista Veja, o líder conservador afirmou sequer ter tido conhecimento de que havia uma conspiração para assassinar autoridades.

O político de direita ainda foi questionado sobre as duas visitas que teriam sido feitas a ele, entre novembro e dezembro de 2022, por parte do general Mario Fernandes, acusado de ser o mentor do plano, e que à época era secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

Em resposta, o político conservador afirmou que qualquer um dos auxiliares que trabalhavam no Palácio do Planalto tinham acesso livre ao seu gabinete.

“Lá na Presidência havia mais ou menos 3 mil pessoas naquele prédio. Se um cara bola um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso? Discutir comigo um plano para matar alguém, isso nunca aconteceu” assinalou.

Bolsonaro também garantiu que “jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe”.

“Quando falavam comigo, era sempre para usar o estado de sítio, algo constitucional, que dependeria do aval do Congresso” acrescentou.

Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas, nesta quinta-feira (21), sob as acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

 

*PN

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