A deputada federal Érika Hilton, líder da bancada do PSOL na Câmara, participou do pedido de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general Braga Netto, após a operação da Polícia Federal que prendeu um grupo acusado de planejar um golpe de Estado.
O PSOL enviou duas petições ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando as prisões preventivas dos dois, com base em evidências que indicam que eles teriam incentivado ações golpistas e até planejado assassinatos de autoridades, incluindo o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin.
Hilton afirmou que as evidências demonstram que Bolsonaro e Braga Netto não apenas conspiraram contra a democracia, mas também participaram de um plano que visava assassinar figuras públicas.
Ela destacou a necessidade de garantir que esses indivíduos não permaneçam livres para potencialmente cometer mais crimes ou interferir nas investigações.
Sobre o caso
As informações constam no relatório de inteligência da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19/11) para prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conforme as investigações, os acusados executaram uma operação clandestina identificada como Copa 2022 no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a cerimônia na qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era presidido por Moraes, ter diplomado Lula e Geraldo Alckmin na condição de presidente e vice eleitos nas eleições de outubro daquele ano.
Para não deixar rastros, os membros da operação usaram linhas telefônicas de terceiros e os codinomes Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana para serem usados durante a comunicação, que foi realizada por meio do aplicativo Signal, cujo conteúdo é criptografado.
Após analisar as mensagens apreendidas durante a investigação e com análise da localização dos aparelhos celulares, a PF concluiu que é “plenamente plausível” que a residência funcional de Alexandre de Moraes tenha sido monitorada por um dos investigados.
Lula e Alckmin
Na mesma investigação, a PF indica que os investigados tinham um plano para assassinar Lula e Alckmin. Nesta data, Lula estava em São Paulo, participando de um evento com catadores de materiais recicláveis. Alckmin se reunia com governadores em um hotel em Brasília.