“Se não ganharmos no 1º turno, algo de anormal aconteceu dentro do TSE”, diz Bolsonaro

Ao lado de Michelle, Bolsonaro assina livro de condolências da rainha Elizabeth II - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que, se não vencer a eleição de 2022 no primeiro turno com mais de 60% dos votos, “algo de anormal” terá acontecido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela realização do pleito e contabilização do resultado. A declaração foi dada durante uma entrevista para o SBT em Londres, para onde Bolsonaro viajou para o funeral da rainha Elizabeth II.

“Pelas minhas andanças pelo Brasil, em especial nos últimos dois meses, se nós não ganharmos no primeiro turno, algo de anormal aconteceu dentro do TSE”, disse.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro afirmou que o que garante sua vitória é o “Data Povo”, como chama o apoio que recebe nas ruas.

“Está bastante dividido, né, muito mais favorável a mim. Eu digo, se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE tendo em vista obviamente o Data Povo que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos bem com nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento”, falou.

Segundo o mais recente levantamento, do instituto Ipespe em parceria com a Abrapel (Associação Brasileira de Pesquisas Eleitorais), divulgado neste sábado (17/9), Lula tem 45% das intenções de voto e Bolsonaro 35%. O petista também aparece em vantagem contra o presidente em um eventual segundo turno.

Horas antes da declaração, Bolsonaro já havia feito afirmações de que venceria no primeiro turno. A apoiadores que o acompanharam em Londres durante o funeral da rainha Elizabeth, o presidente disse ‘não ter como não ganhar’ a eleição no primeiro turno. Novamente, alega, sua afirmação seria com base na presença de apoiadores em seus eventos.

Funeral da Rainha

Jair Bolsonaro visitou nesse domingo (18/9) o caixão da rainha Elisabeth II e assinou o livro de condolências da monarca, que morreu no último dia 8. Nas duas ocasiões, o presidente estava com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na visita ao caixão, também estava acompanhado do pastor Silas Malafaia.

No fim da tarde (horário de Londres; 4 horas a mais que em Brasília), o presidente participou de recepção real promovida pelo rei Charles III no Palácio de Buckingham.

Por meio do Twitter, Bolsonaro lamentou a morte da rainha e citou a visita que ela fez ao Brasil, em 1968. “Nossos sentimentos à família rainha e ao povo do Reino Unido. No Brasil, temos forte em nossa lembrança ainda sua passagem por lá, em 1968. Por tudo que ela representou para o seu país e para o mundo, o momento é de pesar e de reconhecimento de tudo que ela fez pelo mundo”, disse.

Na terça-feira (20/9), Bolsonaro estará em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas. Pela tradição, cabe ao presidente brasileiro fazer o discurso de abertura.

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