Nesta quinta-feira (23/3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que desconfia que o plano para atacar o Senador Sergio Moro (Uniao-PR) é uma “armação” do ex-juiz da Lava-Jato. A declaração foi dada pelo petista durante sua visita ao Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, onde está a linha de produção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil.
Ao ser perguntado sobre o plano criminoso revelado pela PF de atacar o Moro e outras autoridades, o presidente afirmou:
“Eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas vou ser cauteloso, quero ver o que aconteceu — disse Lula, enfatizando novamente: — É visível que é uma armação do Moro. Mas não vou atacar ninguém sem ter provas. E se for mais uma armação ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo como está mentindo.
Assista:
A Operação Sequaz foi deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (22), cerca de 120 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Os agentes conseguiram desarticular um esquema que tinha como objetivo realizar ataques contra servidores públicos e autoridades.
Até o momento, nove integrantes foram presos. Os suspeitos têm vasta ficha criminal e já haviam começado a executar o plano de ataque, alugando imóveis, que funcionavam como base de operações, e até construindo esconderijos.
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) investiu 550 mil dólares, aproximadamente R$ 2,9 milhões, para criar o plano contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O valor é referente a toda a estrutura montada para atentar contra o ex-juiz.
Neste valor estão inclusos os gastos com chácaras, veículos blindados e armas. A apuração dos valores foi feita pelo UOL. Caso não fosse possível sequestrar ou matar o ex-juiz, o grupo tentaria sequestrar a filha dele.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especialde Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) também era um dos alvos.