Foi presa, nesta quinta-feira (29/6), a mulher que teria ajudado Daniel Moraes Bittar, 42 anos, a sequestrar uma menina de 12 anos, abusar sexualmente dela e mantê-la como refém. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a detida, de 22 anos, é namorada do investigado.
A PCGO detalhou que os dois têm um relacionamento há dois anos. Apesar de ainda não ter prestado depoimento, ela contou que teria sido coagida pelo criminoso a participar do crime. Porém, a polícia não acredita na versão, visto que Daniel teria deixado a namorada na Cidade Ocidental, e ela não procurou a polícia para denunciar o caso.
Além disso, os investigadores encontraram diversos registros de pagamentos e repasses de dinheiro recorrentes de Daniel para a mulher, o que levantou a suspeita de que ela seria garota de programa.
À PCGO, a suspeita contou que a menina foi raptada e levada para a uma região de mata, no Jardim Ingá; em seguida, dopada e colocada dentro da mala. Ela acrescentou ter encontrado dificuldade para colocar a menina na bagagem, mas os dois conseguiram “depois de certo esforço”. Após receber a suposta ajuda, Daniel deixou a namorada na Cidade Ocidental e seguiu sozinho com a vítima até seu apartamento, na 411 Norte.
A mulher teria dopado a criança, para que a vítima fosse sequestrada e estuprada por Daniel. A investigada foi levada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal (Asa Norte), onde será interrogada.
A criança de 12 anos foi resgatada na noite dessa quarta-feira (28/6). De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a criança estava saindo da escola, por volta das 12h30, no Jardim Ingá (GO), quando foi abordada por Daniel em um Ford EcoSport de cor preta. A menina contou que o homem usou uma faca para rendê-la. Em seguida, uma mulher colocou um pano com clorofórmio para dopá-la. Ela foi colocada dentro de uma mala. Quando acordou, já estava na casa do agressor.
No tempo em que passou com a vítima, Daniel teria chegado a chamá-la de “escrava sexual” e a filmado acariciando os órgãos genitais dele.
Os militares encontraram no apartamento máquinas de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais e materiais pornográficos. A polícia suspeita que ele filmou o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.
Daniel trabalha como analista de TI em um banco do DF e já teria publicado nas redes sociais postagens contra pedofilia. “Pintou um clima? Não. Pedofilia é crime”, diz o post.
Os policiais encontraram também uma estufa para produção de maconha e um galão com clorofórmio. O criminoso foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).