No dia 20 de dezembro, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC/DF), com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e do Instituto de Criminalística, deflagrou a Operação “Pronto Agendamento” com o objetivo de combater práticas fraudulentas relacionadas ao uso indevido do agendamento para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Como resultado das investigações, uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante e confessou que vinha operando o esquema irregular por aproximadamente oito meses, cobrando valores indevidos de R$ 15 a R$ 25 para agendamentos ilegais. Após a deflagração da Operação da DRCC/PCDF no dia 20 de dezembro não foram constatados mais agendamentos ilegais do CRAS no Distrito Federal.
Nesta sexta-feira (31/1), foi deflagrada nova fase da Operação Policial. Foi dado cumprimento a Mandado de Busca e Apreensão no Recanto das Emas, na residência de uma mulher, de 26 anos, a qual também é apontada nas investigações como integrante do grupo que vinha comercializando
agendamentos ilegais.
Segundo a PCDF, as investigações confirmarão o grau de participação desta mulher e se ela seria responsável pelo repasse e comercialização de senhas de funcionários a grupos na internet, cobrando valores expressivos por tais senhas.
A depender da análise das provas colhidas, a suspeita poderá ser indiciada pelos crimes de corrupção passiva, estelionato mediante fraude eletrônica, falsidade ideológica, divulgação de segredo, que podem resultar em penas de até 29 anos de reclusão. As investigações continuam.
Vale destacar que os agendamentos ilegais que estavam sendo efetivados antes da Operação da
PCDF traziam imensurável prejuízo social, haja vista que várias pessoas, em situação de vulnerabilidade social, deixavam de ter acesso aos benefícios de assistência social em decorrência da fraude.
A Sedes reforça que os agendamentos nas unidades socioassistenciais são gratuitos e podem ser realizados pelo site (sedes.df.gov.br) ou pela Centralm156, priorizando famílias em maior vulnerabilidade social. A PCDF recomenda jamais pagar por serviços públicos, que são gratuitos, pois tal conduta pode constituir crime e responsabilização penal.
É importante que a população denuncie qualquer irregularidade, fornecendo detalhes como prints, fotos ou vídeos por meio da Ouvidoria Sedes (162), ParticipaDF (participa.df.gov.br) ou pelo site da PCDF ou, pelo número 197, ressaltando que neste último caso a identidade do denunciante fica
absolutamente preservada.