PCDF desarticula rede criminosa que vendia derivados de cannabis pela internet

Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), deflagrou, nesta terça-feira (24), a Operação Aruanda, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que oferecia derivados de cannabis (maconha), por meio de redes sociais, como suposta cura para diversas doenças. O grupo, além de prescrever os produtos de maneira ilegal, realizava anamnese e indicava posologia, praticando curandeirismo e exercendo ilegalmente a medicina, colocando milhares de pessoas em risco de vida.

Os investigados cultivavam maconha e produziam diversos derivados da planta em um laboratório localizado em Pirenópolis (GO). Além disso, fabricavam e vendiam produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos (psilocibina) e cannabis. Eles anunciavam esses produtos, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de plataformas digitais e remetiam as drogas para todo o país, sendo o Distrito Federal um dos principais destinos.

Segundo a polícia, a rede criminosa também chegou a prescrever essas substâncias para animais de estimação, enviando drogas para uma médica veterinária do DF. Entre os produtos vendidos, estavam alimentos como chocolates e brownies contendo drogas, o que representava um risco ainda maior ao atingir crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis. Conforme a Anvisa, o uso dessas substâncias pode representar risco de morte e sérios danos à saúde.

A operação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Anápolis (GO), Pirenópolis (GO) e no Distrito Federal. Dois investigados foram presos em flagrante. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e dos Correios.

Os envolvidos responderão por crimes como exercício ilegal da medicina, curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico e disseminação de espécies que possam causar danos ao meio
ambiente, podendo pegar até 39 anos de reclusão.

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