SIM Swap: PCDF mira quadrilha que clonava chips para aplicar golpes bancários

Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou, nesta manhã (12), operação que resultou na prisão de três integrantes de uma organização criminosa especializada no golpe do Sim Swap. A investigação, iniciada em janeiro de 2024, apurava fraudes bancárias realizadas mediante invasão de dispositivo informático e troca de titularidade de linhas telefônicas.

A investigação identificou um grupo criminoso estruturado, composto por quatro pessoas com funções bem definidas: um homem, de 26 anos, identificado como líder do grupo e responsável pela parte operacional das fraudes; sua companheira de 25 anos, que auxiliava na logística e movimentação financeira; um homem, de 39 anos, responsável por realizar as trocas de titularidade das linhas telefônicas; e um homem, de 44 anos, que fornecia dados cadastrais das vítimas. Esse último encontra-se foragido.

Na ação de hoje, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados. Durante as buscas, foram apreendidos diversos documentos, aparelhos celulares, chips telefônicos, computadores e outros dispositivos eletrônicos que serão submetidos à perícia técnica. Apesar das evidências, todos os investigados negaram envolvimento com os crimes.

Segundo apurado, o grupo atuava principalmente no Setor Habitacional Sol Nascente e utilizava dados cadastrais de terceiros para habilitar mais de 180 chips telefônicos, numa tentativa de mascarar a identificação dos criminosos. O esquema consistia em trocar a titularidade da linha telefônica das vítimas para, em seguida, acessar suas contas bancárias e realizar transações fraudulentas.

O caso ganhou destaque após um servidor público do Distrito Federal ser lesado pelo grupo em janeiro de 2024. A vítima teve sua linha telefônica transferida indevidamente, o que permitiu aos criminosos o acesso à sua conta bancária e a realização de transações fraudulentas.

A investigação identificou pelo menos 13 vítimas, lesadas entre janeiro e agosto de 2024. O grupo criminoso mantinha um padrão de vida incompatível com suas rendas declaradas, realizando viagens e passeios de luxo, custeados com o produto dos crimes.

Os investigados responderão pelos crimes de furto mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em caso de condenação pelos quatro crimes, a pena máxima pode chegar a 25 anos de reclusão. O caso segue sob investigação para identificar possíveis outros envolvidos e novas vítimas.

“A PCDF ressalta a importância de medidas preventivas contra o golpe do Sim Swap, recomendando que os usuários mantenham seus dados cadastrais atualizados junto às operadoras de telefonia e ativem dupla autenticação em suas contas bancárias, preferencialmente não vinculada ao número de telefone”, informou a PCDF.

Veja o vídeo: 

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