Na última quarta-feira (23/4), na capital paulista, a Polícia Civil de São Paulo deteve um adolescente de 16 anos sob a acusação de estuprar o próprio irmão, de apenas 5 anos de idade. A investigação revelou que o crime teria sido cometido com o objetivo de produzir vídeos e fotografias de conteúdo pornográfico, atendendo a pedidos de um adulto com quem o adolescente mantinha contato através de um aplicativo de mensagens.
Após ser conduzido a uma delegacia no centro da cidade, o adolescente, por determinação judicial, foi encaminhado à Fundação Casa, onde aguardará o julgamento pelo ato infracional equiparado ao crime de estupro de vulnerável.
A polícia chegou ao adolescente a partir de uma operação realizada no segundo semestre de 2024, que resultou na prisão de um homem em posse de material de pornografia infantil. As investigações subsequentes indicaram que parte desse material criminoso havia sido produzido em São Paulo.
O adolescente e seu irmão mais novo residiam com seus pais em Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista. A investigação apurou que o jovem de 16 anos acreditava estar trocando mensagens com uma garota através do aplicativo Zangi, sendo para este perfil que ele enviava os conteúdos produzidos. No entanto, o perfil da suposta jovem era, na verdade, administrado por um homem identificado como Gabriel, que já havia sido preso no ano anterior pela Polícia Federal (PF).
Utilizando o aplicativo, Gabriel teria convencido o adolescente a abusar sexualmente do irmão menor em diversas ocasiões, conforme comprovam os vídeos e as fotografias apreendidas pela polícia. O aplicativo Zangi, conhecido por sua criptografia que protege as mensagens, impedindo até mesmo o acesso da equipe da plataforma às conversas, foi o meio pelo qual essa comunicação e o planejamento dos abusos ocorreram. As informações sobre o caso foram divulgadas pelo Metrópoles.