Em meio à rotina intensa e ao ambiente delicado da UTI Pediátrica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), um gesto de afeto marcou a manhã desta sexta-feira (9). As mães de crianças internadas foram homenageadas com um café da manhã especial, organizado pela equipe da unidade, em alusão ao Dia das Mães – um momento de leveza para quem vive dias de apreensão e esperança ao lado dos filhos.
Segundo a fonoaudióloga Caroline Braga, é o segundo ano consecutivo que a equipe se mobiliza para realizar a homenagem. “A gente sente a necessidade de olhar para essas mulheres, que vivem uma realidade tão desafiadora. Aqui, nosso foco são as crianças, mas esse dia é para elas”, ressaltou. “Elas queriam estar em casa, com os filhos saudáveis, mas estão aqui. Por isso, fizemos questão de oferecer esse carinho”.
A ação foi viabilizada por meio da união entre médicos e profissionais da equipe multidisciplinar – enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, farmacêuticos e fisioterapeutas –, além das chefias das equipes, do Serviço Auxiliar Voluntário (SAV), da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília e da Associação dos Amigos do Hospital de Base. Juntos, arrecadaram doações para montar o café da manhã, com salgados, bolos, sucos, refrigerantes, lembrancinhas e uma decoração especial na sala de convivência.
Cada mãe recebeu um porta-sabonete de crochê com sabonete artesanal e um kit com lixa de unha, prendedor de cabelo e batom de cacau. Também foram sorteados brindes de beleza entre as mães das três UTIs pediátricas da unidade.
A médica intensivista Geanna Valentte falou sobre o trabalho da equipe e a importância da presença materna: “Me sinto honrada em fazer parte dessa unidade e, assim como toda a equipe, em poder cuidar do bem mais precioso de vocês. A presença da mãe é essencial para a recuperação da criança”.
Com 30 leitos, a UTI Pediátrica do HBDF – gerida pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) – atende alta demanda e mantém bons índices de recuperação, com tempo médio de internação entre sete e 15 dias.