Nesta quinta-feira (5/6), professores e orientadores educacionais da rede pública do Distrito Federal vão se reunir em assembleia no estacionamento da Funarte, região central de Brasília. O encontro está marcado para as 9h e deve definir os próximos passos da greve iniciada no início da semana.
Desde segunda-feira (2/6), os profissionais da educação mantêm uma paralisação por tempo indeterminado. A decisão de continuar com o movimento ocorre mesmo após a Justiça ter determinado multa diária de R$ 1 milhão ao sindicato e corte de ponto aos grevistas.
De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), a mobilização é motivada por compromissos firmados anteriormente com o governo do Distrito Federal que, segundo a categoria, não foram cumpridos. Os docentes cobram a aplicação do reajuste de 19,8% previsto na campanha salarial e a reestruturação da carreira, além do cumprimento do acordo estabelecido durante a greve de 2023.
Outra reivindicação é a nomeação imediata dos aprovados no concurso público mais recente para suprir a carência de profissionais efetivos nas escolas da rede.
A decisão judicial que estabelece as penalidades foi proferida no sábado (31/5). Nela, a desembargadora Lucimere Maria da Silva manteve os efeitos da liminar anterior, que obriga o funcionamento total das escolas e prevê medidas como bloqueio de repasses ao sindicato em caso de descumprimento. O pedido do Sinpro para reverter a decisão foi negado.
O Governo do Distrito Federal informou que o atual cenário fiscal impede novos reajustes. Em nota, destacou que o movimento prejudica um serviço essencial, principalmente pelo impacto direto sobre alunos. A Secretaria de Educação, por sua vez, apresentou iniciativas realizadas nos últimos anos, como aumentos salariais, revisão de gratificações e nomeações.