Escola em área rural do DF emite alerta após ataque de onças

Foto: Pixabay

A presença de onças-pardas no Núcleo Rural do Lago Norte, após o ataque e morte de uma égua, levou a Escola Classe Olhos D’Água a emitir um comunicado pedindo que alunos e pais redobrem os cuidados na região. O alerta foi feito após recomendação do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA).

O colégio solicitou que as pessoas evitem andar sozinhas na área, especialmente no fim da tarde. “A Polícia solicitou que a escola orientasse aos pais que buscam seus filhos a pé, que redobrem os cuidados, principalmente, no turno vespertino, no final da tarde”, diz a nota enviada aos responsáveis.

As onças, uma mãe e dois filhotes, foram avistadas nos últimos dias em uma Área de Preservação Ambiental (APA) localizada entre as chácaras do Núcleo Rural Córrego do Urubu e do Núcleo Rural Olhos d’Água.

O ataque à égua

A égua atacada pertencia a um produtor rural. Ele relatou que os ataques ocorreram nas noites de segunda (2) e terça-feira (3), e o animal, gravemente ferido, morreu na manhã de quarta-feira (4). “A égua estava solta ali embaixo, foi arranhada e mordida no pescoço. Tentei cuidar dela sozinho, mas tinha estragado muito, aí acionei o Batalhão Ambiental”, explicou. Além da égua, dois bezerros também desapareceram de sua propriedade nos últimos dias.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) foi acionado e confirmou, pelas mordidas e arranhões, que o ataque foi realmente de onças. Para monitorar a possível volta dos animais, o Ibram instalou câmeras nas residências, funcionando como armadilhas fotográficas.

Segundo Marina Motta, gerente de fauna do Ibram, a presença dessas onças é esperada, pois elas estariam de passagem por corredores ecológicos na APA. Ela enfatizou que os moradores não precisam temer, pois onças-pardas veem humanos como predadores, não como presas, e tendem a fugir. “Cachorros também não são presas”, acrescentou a bióloga.

Em nota, o Ibram reforçou que acompanha os avistamentos e que a presença de grandes predadores como a onça-parda (Puma concolor) é natural na região do Córrego do Urubu, inserida na Zona de Conservação da Vida Silvestre da APA do Lago Paranoá. O órgão também ressaltou que não há registros de ataques de onças a seres humanos no Distrito Federal e que encontros com esses animais são raros. “As onças percebem o ser humano como um predador, e não presas e, assim, evitam o confronto direto. Quando percebem nossa presença no ambiente, o comportamento desses animais geralmente é de fuga”, afirmou o Ibram.

Para garantir a segurança dos animais de criação e dos moradores, o Ibram divulgou as seguintes recomendações:

  • Evitar deixar animais de criação próximos a áreas de floresta durante à noite.
  • Utilizar cercas físicas ou elétricas ao redor de áreas de pastagem.
  • Manter iluminação nas áreas onde ficam os animais.
  • Considerar o uso de sensores sonoros ou repelentes luminosos.
  • Manter os animais próximo à casa principal em chácaras/fazendas e com as luzes acesas.
  • Utilizar cães de guarda.

A equipe técnica do Brasília Ambiental continua atuando de forma preventiva e orientativa, reforçando que a convivência com a fauna silvestre é possível, segura e crucial para o equilíbrio ecológico da região.

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