Vídeo: Praça dos Três Poderes é fechada após manifestação de parlamentares

Foto: Divulgação

A Praça dos Três Poderes foi fechada na madrugada deste sábado (26) pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para evitar novas manifestações e um possível cenário similar ao de 8 de janeiro. Não há previsão para a reabertura do acesso ao local, que é considerado uma área de segurança.

A interdição do acesso de veículos e o isolamento com grades foram realizados para impedir que outros manifestantes se unissem a parlamentares que estavam na praça. A PMDF também utilizou bloqueadores de internet para cortar o sinal de celular dos presentes, visando impedir transmissões ao vivo e postagens em redes sociais.

Por volta da 1h da madrugada, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi pessoalmente à Praça dos Três Poderes para negociar a desmobilização com os deputados e seus apoiadores.

Na noite de sexta-feira (25), o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, já havia alertado sobre o risco ao tentar convencer os deputados federais Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) a deixarem o local. Avelar sugeriu que os manifestantes seguissem para a Praça das Bandeiras, na Esplanada dos Ministérios, e informou que o entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) seria isolado por grades ainda na noite de sexta.

“Aconteceu aqui, a gente não pode deixar acontecer aqui de novo. Ninguém aqui quer. Infelizmente, não tem cabimento [uma manifestação aqui]”, disse Avelar aos manifestantes.

A negociação principal foi feita com o desembargador aposentado Sebastião Coelho, conhecido por suas críticas ao STF. Hélio Lopes, com um esparadrapo na boca em sinal de protesto, tentou dialogar, mas foi intermediado por Coelho, que afirmou: “Hélio não sai não. Só sai na força. Está determinado”.

Avelar argumentou que a situação poderia sair do controle, já que outros deputados planejavam ir a Brasília no fim de semana para apoiar a manifestação iniciada por Lopes. Os deputados, no entanto, não aceitaram a sugestão do secretário. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou que iria a Brasília para “garantir que os direitos dos parlamentares sejam respeitados”.

Para justificar a decisão de fechamento, Avelar apresentou um vídeo do deputado Zé Trovão (PL-SC) publicado nas redes sociais, em que ele anunciava que embarcaria para Brasília na madrugada de domingo e que “só sairia da frente do STF quando Alexandre de Moraes fosse impeachmado (sic), quando o Brasil voltar a sua normalidade”. O secretário afirmou que, na Esplanada, os deputados poderiam reunir mais manifestantes.

Sebastião Coelho, por sua vez, negociou com Avelar, pedindo um desvio do trânsito. Para ele, os manifestantes precisavam estar na rua, e não apenas no gramado. O diálogo entre as partes continua.

Hélio Lopes montou uma barraca na Praça dos Três Poderes para protestar contra as medidas judiciais impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, usando um esparadrapo na boca para simbolizar a ameaça à liberdade de expressão no país. O deputado publicou em suas redes sociais uma carta aberta afirmando que o Brasil “não é mais uma democracia”. “Não estou aqui para provocar. Estou aqui para demonstrar a minha indignação com essas covardias. Não estou incentivando ninguém a fazer o mesmo”, declarou Lopes.

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