A mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada neste sábado (2/8), aponta estabilidade na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 40% dos brasileiros consideram a gestão petista ruim ou péssima — o mesmo índice registrado na pesquisa anterior, realizada em junho. Já a aprovação subiu um ponto percentual, oscilando de 28% para 29%, dentro da margem de erro de dois pontos.
A proporção dos entrevistados que avaliam o governo como regular caiu de 31% para 29%, também dentro da margem de erro. Os números refletem uma manutenção do cenário político, mesmo diante de episódios recentes que marcaram as relações internacionais e o debate econômico interno.
A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 entrevistas presenciais em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Contexto político
O resultado ocorre em um momento de tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de aumento para 50% nas tarifas de importação de produtos brasileiros. A medida provocou reações do governo brasileiro, que passou a adotar discursos de viés nacionalista e reforçar mensagens de proteção à economia interna.
Apesar da tentativa do Palácio do Planalto de associar o endurecimento de Trump a políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a pesquisa mostra que a repercussão do episódio não alterou significativamente os índices de aprovação do governo Lula.
Comparativo histórico
Desde o início de 2024, o presidente Lula enfrenta dificuldades em elevar sua popularidade. Em fevereiro, o Datafolha registrou a maior taxa de reprovação desde o início do terceiro mandato, com 41% de avaliação negativa e 24% de positiva. A queda de popularidade foi atribuída, à época, a temas como inflação de alimentos e instabilidades relacionadas ao sistema Pix.
Em abril, houve uma recuperação leve na avaliação positiva, que chegou a 29%, patamar mantido desde então. A continuidade desses índices indica um cenário de estabilidade no apoio ao governo federal.
