Os Estados Unidos revogaram os vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde da gestão Lula (PT), Alexandre Padilha. A medida não foi aplicada contra o próprio ministro, pois o visto dele já estava vencido desde 2024.
As punições ocorrem em meio a uma ofensiva do governo estadunidense contra figuras ligadas à criação do Mais Médicos. Para a gestão Donald Trump, o programa instituído pelo governo brasileiro foi usado para beneficiar o regime cubano.
A sanção contra a família de Padilha foi anunciada nesta manhã em comunicados emitidos pelo consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo. No informe, a entidade afirma que “surgiram informações indicando” que a companheira e a filha de Padilha não são mais elegíveis.
Padilha também esteve à frente da pasta em 2013, ano em que o programa foi criado.
De acordo com informações da jornalista Julia Duailibi, tanto a esposa quanto a filha de Padilha estão no Brasil. Elas tomaram conhecimento do caso via comunicado enviado por e-mail nesta sexta-feira (15).
Para a gestão Donald Trump, eles usaram a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) como “intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA” e “pagando ao regime cubano o que era devido aos trabalhadores médicos cubanos”.
Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconselhou o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Mozart Sales, a não se preocupar com a derrubada do seu visto estadunidense. O petista apontou que o “mundo é muito grande” e que o Brasil está cheio de lugares bonitos para se visitar.
– Mozart, não fique preocupado com o visto dos EUA. O mundo é muito grande, o Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, você tem lugar para andar no Brasil para caramba, cara, não se importe. Lugar bonito – declarou durante inauguração de fábrica da Hemobrás em Goiana, Pernambuco.
