A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV) da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Material e Fraudes (CORF), deflagrou a Operação Cortina de Fumaça, com foco no combate a uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de capitais no DF.
Nesta fase da ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Taguatinga, em endereços residenciais e comerciais ligados a uma investigada suspeita de integrar o grupo. O objetivo foi recolher equipamentos eletrônicos, documentos, mídias e valores em espécie, que agora passam por perícia para esclarecer a extensão do esquema e identificar outros possíveis envolvidos.
A investigação teve início após a prisão de um ex-soldado do Exército Brasileiro, que serviu no 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, conhecido como “Esquadrão General Casales”. Ele, junto a uma mulher, foi apontado como responsável por fraudes eletrônicas que desviaram cerca de R$ 100 mil de uma instituição financeira.
De acordo com a PCDF, parte desse montante foi rapidamente transferida para contas de “testas de ferro” — também chamados de “conteiros” — que cedem suas contas em troca de pagamento ilícito, dificultando o rastreamento dos valores e viabilizando a lavagem de dinheiro. Durante o interrogatório, um dos suspeitos confessou que receberia comissão pela participação nas transações fraudulentas.
A prática de fraudes bancárias, segundo a PCDF, não afeta apenas os clientes diretamente lesados. Os prejuízos acabam refletindo em tarifas mais altas, restrições de crédito e fragilidade no sistema financeiro, impactando toda a sociedade.
Com a coleta do novo material, a expectativa é que a operação avance para identificar outros membros da associação criminosa e ampliar as provas já reunidas contra os investigados.
A Polícia Civil reforça que segue atuando de forma integrada e especializada para desarticular grupos criminosos que se aproveitam das ferramentas digitais para fraudar o sistema bancário e prejudicar cidadãos.