Desde julho, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem adotado um novo modelo de atendimento aos pacientes oncológicos, que resultou em uma redução de 63% no tempo de espera para início do tratamento. Em paralelo a esse resultado, a Secretaria de Saúde (SES-DF) traça estratégias para diminuir o não comparecimento das pessoas diagnosticadas com câncer às consultas e tratamentos, que hoje é de 30%. Segundo a pasta, o absenteísmo ocorre principalmente devido à falta de atualização no cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS).
De julho a setembro deste ano mais de 2.600 pacientes oncológicos foram atendidos, dos quais mais de 1.800 já iniciaram o tratamento.
O ponto central na redução da fila é o lançamento do Programa O Câncer Não Espera, o GDF Também Não. Ele reorganizou a jornada do paciente oncológico. Antes, a espera pela primeira consulta com especialista levava mais de 80 dias e, agora, são cerca de 30 dias. O novo modelo integra consultas, exames, cirurgias e terapias em uma linha contínua de cuidado, evitando interrupções e aumentando as chances de cura.
Mesmo com os avanços na celeridade do atendimento à pessoa diagnosticada com câncer, o Governo do Distrito Federal trabalha contra o absenteísmo, tendo em vista que o diagnóstico e o tratamento precoce aumentam as chances de cura. De julho à primeira quinzena de agosto, 30% dos pacientes não compareceram às consultas ou exames agendados. A maior parte dos casos ocorre porque a Secretaria de Saúde não consegue localizá-los, já que os dados cadastrais estão desatualizados.
A campanha de atualização cadastral, o RecadastraSUS-DF, é uma das primeiras medidas adotadas pelo GDF para garantir a redução na taxa de absenteísmo. Somente em 2024, foram atualizados mais de 1,7 milhão de cadastros no sistema da rede. “Estamos lançando esse movimento com informativos e cartilhas.
Para dar agilidade ao atendimento de pacientes diagnosticados com câncer, o GDF lançou um edital de credenciamento para clínicas e hospitais especializados em oncologia. A iniciativa complementa o atendimento feito hoje pela rede pública do DF. O investimento de mais de R$ 14,57 milhões ampliou os serviços, permitindo que os pacientes diagnosticados que estão na fila de espera deem início, o quanto antes, ao tratamento.
O receio de alguns pacientes em relação à cobrança por consultas ou tratamentos nas clínicas particulares credenciadas pelo GDF também é outro motivo que justifica as ausências às consultas e procedimentos agendados.
Além do acompanhamento com equipe especializada na área da oncologia, o programa prevê apoio multiprofissional, com psicólogos, fonoaudiólogos e outros especialistas. Uma das novidades para este ano é o cartão de identificação do paciente que garante prioridade aos pacientes em tratamento de quimioterapia em pronto-socorros nas situações de emergência.