A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (30/9), a Operação Saque Fantasma, que resultou na prisão de um grupo especializado em fraudes a um sistema de pagamentos de uma instituição financeira digital. Por sigilo investigativo, o nome do banco não foi divulgado.
A ação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, com foco na apreensão de dispositivos eletrônicos usados no esquema. Durante o cumprimento de um dos mandados, em Ceilândia, os policiais encontraram nove quilos de crack, um quilo de skunk e um quilo e meio de cocaína, avaliados em R$ 250 mil. Também foram apreendidos aproximadamente R$ 34 mil em espécie, aparelhos celulares, veículos e um jet-ski. Um homem de 25 anos, que estava na posse das drogas, foi preso em flagrante por tráfico.
Segundo a investigação, o golpe consistia em explorar uma vulnerabilidade no sistema da instituição financeira, permitindo saques seguidos de estornos automáticos. No total, o prejuízo chegou a R$ 8 milhões em todo o país, sendo R$ 494.160,00 no Distrito Federal, distribuídos em 546 transações irregulares feitas por 19 usuários.
Os criminosos, com idades entre 18 e 40 anos, atuavam de forma coordenada. Eles injetavam saldo via PIX pouco antes dos saques, normalmente em valores próximos a R$ 1 mil, e, após receberem o estorno, transferiam rapidamente o dinheiro para outras contas. A polícia constatou que grupos de investigados operavam simultaneamente nos mesmos estabelecimentos, demonstrando planejamento prévio.
Das 19 pessoas envolvidas, 11 possuem antecedentes criminais, incluindo homicídio, roubo, tráfico de drogas, receptação e porte ilegal de arma. Parte do grupo confessou participação no esquema durante as diligências.
Os suspeitos responderão por furto mediante fraude e associação criminosa, podendo pegar até 13 anos de prisão, além de responder pelas apreensões de drogas. A PCDF também solicitou ao Judiciário o bloqueio de ativos financeiros via SISBAJUD para ressarcimento da empresa lesada.
As investigações seguem para identificar todos os envolvidos e compreender como descobriram a vulnerabilidade no sistema da instituição financeira.






