O rapper Hungria, internado em Brasília desde quinta-feira (2/10) com sintomas de intoxicação, deve permanecer hospitalizado até pelo menos segunda-feira (6). A informação foi confirmada pelo médico Leandro Machado, responsável pelo acompanhamento do cantor no Hospital DF Star.
Segundo o especialista, o quadro clínico é estável e não há risco de sequelas. “No início, tivemos receio de que ele pudesse perder a visão, mas o tratamento foi feito rapidamente e conseguimos reverter os sintomas. Hoje ele não apresenta mais sinais desse problema”, explicou.
Hungria chegou ao hospital com dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. Por precaução, passou por duas sessões de hemodiálise, realizadas na quinta e na sexta-feira (3/10), para auxiliar na eliminação da substância tóxica do organismo. A equipe espera que não haja necessidade de novas diálises.
De acordo com boletim médico, o artista apresenta “evolução positiva”: dormiu bem, se alimentou normalmente e faz fisioterapia. O próprio médico relatou que o cantor está ativo e até pediu um videogame para passar o tempo durante a internação. A filha também esteve no hospital para visitá-lo.
A família informou que a agenda de shows do fim de semana foi cancelada e que as apresentações serão remarcadas. “Possivelmente, ele deve ficar no hospital até segunda ou terça-feira”, disse Leandro Neves, irmão do cantor.
Apesar da suspeita de intoxicação por metanol, os exames que podem confirmar a substância devem ficar prontos apenas na próxima semana. Laudos preliminares da Polícia Civil apontaram que amostras da vodca consumida por Hungria em Vicente Pires não estavam contaminadas. A investigação segue para apurar se o cantor teria ingerido bebida adulterada em outros locais.
O diretor do hospital, Alisson Barcelos Borges, reforçou que a permanência de Hungria vai depender da evolução clínica até o início da próxima semana.
Além da apuração no Distrito Federal, a Polícia Civil de São Paulo e a Anvisa também participam da investigação, já que o rapper esteve no estado recentemente, onde foram registrados outros casos de intoxicação por metanol.
Este foi o primeiro caso suspeito notificado no DF. Nesta sexta-feira (3/10), a Secretaria de Saúde confirmou um segundo caso em investigação: um homem de 47 anos, em estado grave, atendido na UPA de Brazlândia.






