A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura se o policial penal Henrique Andre Venturini, de 57 anos, morto durante uma tentativa de assalto na noite de segunda-feira (13/10), no Riacho Fundo II, foi baleado acidentalmente por ele mesmo ao reagir à ação de três criminosos.
Segundo o delegado Fábio dos Prazeres, da 29ª Delegacia de Polícia, as primeiras informações indicam que o agente tentou reagir e acabou se ferindo ao sacar a arma. O disparo teria transfixado o braço de Henrique e atingido a mão de um dos adolescentes envolvidos. “Possivelmente ele reagiu ao assalto e, no momento em que foi sacar a arma com a mão esquerda, acabou atingindo o próprio braço”, explicou o delegado.
Henrique estava no banco do motorista e morreu por hemorragia após perder muito sangue. A perícia ainda está em andamento, mas, segundo a PCDF, não há indícios de esfaqueamento, como havia sido informado inicialmente pelo Corpo de Bombeiros.
Durante a abordagem, os acusados— dois adolescentes, de 15 e 16 anos, e um homem de 18 — estavam no banco de trás do carro. O mais novo, conhecido como “Zoreinha”, foi atingido de raspão e fugiu do local com o comparsa João Paulo Rodrigues Pereira. Ele pediu ajuda em uma casa próxima, foi atendido em hospitais do Riacho Fundo II e de Santa Maria, onde acabou apreendido.
“Zoreinha” teria delatado os demais participantes do crime durante o atendimento médico, o que levou à prisão dos outros dois envolvidos. João Paulo foi autuado por latrocínio e corrupção de menores, enquanto os adolescentes responderão por ato infracional análogo ao mesmo crime.
Durante a ação policial, os agentes apreenderam um facão com marcas de sangue. Um dos menores já tinha passagem por ato infracional análogo a roubo de veículo, registrado em junho deste ano.
A investigação segue para esclarecer as circunstâncias do disparo e confirmar se o tiro que matou o policial penal partiu de sua própria arma.