Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (24/10) o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Caribe para reforçar ações de combate ao tráfico de drogas na América Latina. A movimentação foi confirmada pelo Pentágono, que destacou o objetivo de “monitorar e desmantelar atividades ilícitas” na região.
Segundo o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, o navio segue para a área de responsabilidade do Comando Sul norte-americano, que abrange territórios como Venezuela, Brasil e mais 29 países das Américas Central e do Sul. O anúncio reforça a estratégia de Washington de ampliar a presença militar em pontos considerados críticos para o tráfico internacional.
O USS Gerald R. Ford, classificado pelo governo americano como o porta-aviões “mais avançado” de sua categoria, pode transportar mais de 75 aeronaves e já esteve em operação no Mediterrâneo. Em outubro de 2023, o navio foi enviado a Israel após ataques terroristas do Hamas, atuando como plataforma de resposta rápida.
A decisão citou posições do presidente Donald Trump, que defende o combate ao “narcoterrorismo” como medida de segurança interna. Embora o republicano não tenha comentado publicamente o envio do navio, aliados afirmam que a ação integra uma política de dissuasão contra cartéis transnacionais.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos intensificaram ações no Caribe. Este é o 10º ataque registrado contra embarcações suspeitas de tráfico, resultando em seis mortes, segundo o secretário da Defesa norte-americano. A operação teria atingido um barco associado ao cartel Tren de Aragua, facção de origem venezuelana com atuação internacional.
A presença reforçada de meios militares norte-americanos na região reacende debates diplomáticos, especialmente sobre soberania e impactos em países vizinhos. Ainda não há previsão oficial de chegada do porta-aviões ao Caribe nem detalhes sobre sua permanência.






