Na manhã desta quarta-feira (24/12), em Brasília (DF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o local onde está preso desde 22 de novembro e foi levado ao Hospital DF Star, onde ficará internado para passar por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral prevista para esta quinta-feira (25/12).
De acordo com a decisão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente poderá realizar o procedimento cirúrgico no hospital particular da capital. A transferência ocorreu pela manhã, em um trajeto curto de cerca de três quilômetros entre a Superintendência da Polícia Federal, onde ele se encontra custodiado, e a unidade de saúde.
A autorização judicial também definiu quem poderá acompanhar Bolsonaro durante a internação: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi indicada como acompanhante principal enquanto ele estiver no DF Star. O pedido da defesa para que os filhos Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Carlos Bolsonaro (PL) tivessem acesso ao quarto, no entanto, não foi atendido por Moraes.
O despacho do ministro estabeleceu ainda um protocolo de segurança específico para o período de internação. Pelo menos dois policiais federais deverão permanecer na porta do quarto durante todo o tempo em que o ex-presidente estiver no hospital. A entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos no quarto foi proibida — somente aparelhos médicos estão autorizados no ambiente.
Responsável pelo acompanhamento clínico, o cirurgião-geral Claudio Birolini informou que a cirurgia de hérnia inguinal bilateral é considerada um procedimento padronizado, com menor risco de complicações em comparação a intervenções de maior porte. A expectativa da equipe médica é que o procedimento dure de três a quatro horas.
Após a cirurgia, Bolsonaro deverá permanecer em observação no próprio DF Star, seguindo protocolo pós-operatório definido pela equipe médica e sob as mesmas condições de custódia determinadas pelo Supremo. Eventuais pedidos de extensão da permanência no hospital ou de alteração nas regras de visita dependerão de novas decisões judiciais.








