Um estudo científico revelou a detecção, em duas províncias da China, de 35 casos em humanos de um novo vírus de origem animal, do tipo Henipavirus, conforme veiculou nesta terça-feira (9/8) a imprensa estatal do país asiático.
Os pacientes, nenhum que apresente caso grave, foram registrados em Shandong, no leste chinês, e em Henan, no centro, de acordo com o jornal local Global Times. O periódico cita um artigo publicado por pesquisadores da China e de Singapura, no New England Journal of Medicine, uma das publicações médicas mais renomadas do mundo.
O vírus, para o qual não existe qualquer vacina ou tratamento, foi detectado mediante amostras colhidas da garganta dos infectados, que tinham tido contato recente com animas. A ele, são associados os sinais de febre, cansaço, tosse, perda de apetite, dores de cabeça, musculares e náuseas. Investigações posteriores revelaram que 26 dos 35 pacientes portadores desse Henipavirus desenvolveram esses sintomas clínicos, que se junta a irritabilidade e vômitos.
Segundo o site estatal The Paper, o vírus é uma das principais causas emergentes do salto de doenças animais a humanos (processos denominados como zoonose), na região da Ásia-Pacífico. Um dos vetores de transmissão do vírus é o morcego da fruta (pteropodidae), considerados hóspedes naturais dos Henipavirus conhecidos, o Hendra (HeV) e o Nipah (NiV).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o HeV provoca infecções em humanos que vão de assintomáticas a infecções respiratórias agudas e encefalites graves, com uma taxa de letalidade que vai de 40% a 57%, podendo variar “em função das capacidades locais de investigação epidemiológica e gestão clínica”.
Até o momento, de acordo com o Global Times, não foi provado que exista transmissão de pessoa para pessoa, embora relatórios prévios indicaram que esse tipo de contágio não é descartado.
” O coronavírus não será a última doença contagiosa que provoca uma pandemia, já que novas doenças terão um impacto cada vez maior na vida diária da raça humana” disse um subdiretor do departamento de Patologias Infecciosas do hospital de Huashan, na China.
*Com informações do Pleno News