Ucrânia lutará até o fim, afirma Zelensky no Dia da Independência do país

Foto: ALEXEY FURMAN/GETTY IMAGENS

Os ucranianos completam nesta quarta-feira (24/8), 31 anos desde que se separaram da União Soviética. O Dia da Independência da Ucrânia coincide com a marca de seis meses desde o início da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, e será marcado por festividades moderadas sob o temor de ataques por terra, ar e mar.

O presidente Volodymyr Zelensky disse aos ucranianos em um discurso emocionado de comemoração aos 31 anos de independência que seu país “renasceu” quando a Rússia invadiu e que nunca desistiria de sua luta pela liberdade da dominação de Moscou.

Em discurso gravado, Zelensky disse que a Ucrânia não mais via o fim da guerra com os combates cessando, mas com Kiev finalmente saindo vitoriosa. “Uma nova nação apareceu no mundo em 24 de fevereiro às 4 horas da manhã. Não nasceu, mas renasceu. Uma nação que não chorou, gritou ou se assustou. Uma que não fugiu. Não desistiu. E não se esqueceu”, disse ele.

O líder ucraniano fez o discurso em uniforme de combate em frente ao imponente monumento à independência da União Soviética, dominada pela Rússia, que se separou em 1991, no centro de Kiev.

Zelensky destacou a postura de guerra da Ucrânia, que se opõe a qualquer tipo de compromisso que permita a Moscou obter ganhos territoriais, incluindo faixas do sul e leste da Ucrânia capturadas nos últimos seis meses.

“Não vamos nos sentar à mesa de negociações por medo, com uma arma apontada para nossas cabeças. Para nós, o ferro mais terrível não são mísseis, aviões e tanques, mas algemas. Não trincheiras, mas grilhões”, disse ele.

“Não nos importamos com o exército que vocês têm, só nos importamos com nossa terra. Lutaremos por ela até o fim” declarou Zelensky.

Os ucranianos estão se preparando para uma guerra prolongada – e um inverno brutal de escassez de energia – depois de repelir as forças russas no início do que Moscou descreve como uma “operação militar especial” e impedir a queda de Kiev.

Fontes militares ocidentais agora dizem que as forças russas estão fazendo pouco progresso em sua operação ofensiva nos territórios do leste e do sul da Ucrânia, comparando os combates aos combates lentos, sangrentos e desgastantes da Primeira Guerra Mundial.

As ruas do centro de Kiev estavam estranhamente vazias na manhã desta quarta-feira, após dias de alertas terríveis de que a Rússia poderia lançar novos ataques com mísseis nas principais cidades. Uma sirene de ataque aéreo soou na capital às 10h40, no horário local.

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