O míssil que atingiu a Polônia e matou duas pessoas nessa terça-feira (15/11), em território do país próximo à fronteira com a Ucrânia, parece ter sido disparado por forças ucranianas, e não russas, de acordo com três autoridades dos Estados Unidos, que falaram sob condição de anonimato à Associated Press. Segundo eles, a informação ainda não é conclusiva e se trata de avaliações preliminares.
O míssil em questão havia sido atirado em meio à barragem de explosões realizadas pela Rússia em uma infraestrutura de rede elétrica da Ucrânia. Em comentários na noite de terça, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que havia “informação preliminar que contesta” a informação inicial de que o míssil teria sido disparado na Rússia.
“Não quero dizer isso até que investiguemos completamente. Mas é improvável, considerando a trajetória do míssil, que tenha sido disparado da Rússia. Mas veremos” disse Biden a repórteres.
O presidente da Polônia disse nesta quarta-feira (16) que não há indicação de que o ataque com míssil tinha a intenção de atingir o país.
“Não há indicação de que este foi um ataque intencional à Polônia (…) não foi um foguete apontado para a Polônia”, disse o presidente Andrzej Duda durante uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro.
“Não temos evidências de que o foguete foi lançado pelo lado russo, há uma grande probabilidade de que tenha sido usado pelas forças de defesa ucranianas”, declarou ele.
A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem reunião marcada para discutir o ataque na Polônia – um de seus países membros – na manhã de desta quarta, seguida por coletiva de imprensa do secretário-geral, Jens Stoltenberg