Nesta segunda-feira (3), os rodoviários do Distrito Federal paralisaram 100% da frota do transporte coletivo, em busca de furar a fila do plano de vacinação.
A justiça havia determinado neste sábado (1º), que a greve dos rodoviários prevista para ocorrer nesta segunda-feira (3), ocorresse de maneira moderada: 60% dos ônibus devem rodar nos horários de pico e 40% no resto do dia. No entanto, não foi isso que aconteceu. A categoria cruzou os braços e nenhum ônibus saiu das garagens em todo o DF. E como sempre, quem sofre é a população.
No começo da manhã, as paradas estavam lotadas sendo impossível realizar o distanciamento social, medida preponderante para prevenir o contágio da Covid-19.
A solução encontrada pela população para a chegar ao trabalho foi utilizar transportes piratas, que no inicio da manhã chegou a cobrar R$20 em um deslocamento que normalmente é cobrado R$5.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte do Distrito Federal (Sittrater) que está em processo eleitoral, além de desrespeitar a decisão judicial, em querer furar a fila da vacinação, faz com que a população tenha que se arriscar em veículos irregulares. E não deixa de ser no mínimo antiético ao quererem ser vacinados antes de grupos prioritários.
A Secretaria de Saúde informou em nota, que “O Distrito Federal segue as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde na definição do grupo elegível para receber a vacina. No momento, a categoria dos rodoviários não está prevista no PNI para receber o imunizante”. E afirmou ainda, que “a pasta seguirá trabalhando para que os grupos de maior risco e os setores estratégicos da sociedade sejam imunizados”.
