Pedrinho, sequestrado na maternidade em Brasília há 38 anos, é advogado de Robinho

Foto: Reprodução

O caso do ex-jogador de futebol Robinho, condenado por estupro, voltou a ser comentado devido a equipe de defensores do atleta. Isso porque um dos advogados do réu é Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto. Também conhecido como Pedrinho, o jovem sequestrado de uma maternidade de Brasília poucas horas depois de nascer.

Pedrinho foi sequestrado em 1986, na maternidade do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul. Levado para Goiânia, ele viveu 16 anos como filho de Vilma Martins Costa. A história foi tão divulgada na época, que acabou inspirando uma novela de grande sucesso, conhecida como Senhora do Destino.

Em 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pelo placar de 9 a 2 que o ex-jogador Robinho, condenado na Itália, deve cumprir a pena de 9 anos no Brasil. No país europeu, foram três julgamentos e não havia mais recurso possível.

Após 12 dias preso, Robinho deixou o isolamento, nesta segunda-feira (1°), e passou a conviver em uma cela comum, com a presença de outro detento na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2, em Tremembé (SP), unidade conhecida como ‘presídio dos famosos’.

O crime de violência sexual em grupo aconteceu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.

Robinho foi condenado após ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool.

Caso Pedrinho

Mesmo com o passar dos anos, os pais biológicos de Pedrinho, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto, nunca desistiram de procurar o filho. Mais de uma década depois do sequestro, as fotos do bebê foram publicadas em vários sites de pessoas desaparecidas.

Foram várias pistas falsas. Até que, em 2002, Vilma Martins foi reconhecida como a sequestradora do bebê que ela registrou como filho e deu o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior, em Goiânia.

O crime só foi descoberto porque Gabriela Azeredo Borges, neta do marido de Vilma, começou a desconfiar que Osvaldo era o recém-nascido sequestrado em Brasília. Ela viu a foto do menino no site SOS Criança, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, notou semelhanças e começou a investigar o caso pela internet.

Ao acessar o site Missing Kids, ela encontrou uma foto do pai biológico de Pedrinho e também o achou parecido com Osvaldo. Em outubro de 2002, Gabriela ligou para o SOS Criança de Brasília e a polícia retomou as investigações do caso.

Um exame de DNA comprovou a suspeita de Gabriela e desmentiu a versão que Vilma sustentava, de que a criança havia sido entregue ao marido – já falecido na época das denúncias – por um gari, em Brasília.

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