Ao menos 11 pessoas ficaram feridas, uma delas se encontra em estado crítico, após um ataque de drones reivindicado pelo grupo terrorista libanês Hezbollah na cidade de Hurfeish, no norte de Israel.
O serviço de emergência Magen David Adom confirmou que entre os feridos, uma pessoa estava inconsciente e as restantes foram afetadas de forma moderada e leve.
O Exército confirmou ter identificado “vários lançamentos do Líbano” em direção a Hurfeish, e disse que está investigando por que os alarmes antiaéreos não soaram.
O Hezbollah, por sua vez, disse que o ataque foi uma resposta às “agressões e assassinatos” de Israel nesta terça (4) na cidade de Naqoura, onde um ataque israelense matou um combatente do grupo.
O presidente israelense, Isaac Herzog, referiu-se ao incidente em Hurfeish nesta quarta (5) em um discurso que assinala o Dia de Jerusalém, que celebra a ocupação e anexação do leste da cidade – reunificação, segundo Israel – após a guerra de 1967.
– A partir daqui, envio uma oração pela recuperação rápida e completa dos feridos neste ataque criminoso – disse Herzog.
Tensão
O ataque ocorre em um momento de máxima tensão na fronteira norte, onde a defesa aérea israelense interceptou nesta quarta um drone na zona de Metula, localidade onde ao menos mil hectares foram devastados por incêndios provocados por projéteis do grupo libanês.
O governo israelense autorizou a mobilização de 50 mil reservistas adicionais devido ao aumento da tensão na fronteira com o Líbano, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou que o país está preparado “para uma ação extremamente forte” contra o Hezbollah.
Israel, em resposta aos ataques do grupo, bombardeou diariamente desde outubro do ano passado a infraestrutura militar da milícia xiita – apoiada pelo Irã – e lançou ataques contra suas fileiras. Só na última semana o grupo confirmou oito vítimas.
No total, mais de 440 pessoas morreram nestes oito meses nos confrontos em ambos os lados da divisão, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah. Em Israel, 23 pessoas morreram no norte, dez delas civis.