Ação faz parte da campanha ‘Se Liga, Irmã’, iniciativa que capacita e mobiliza entidades religiosas na temática
Igrejas evangélicas de sete cidades do Distrito Federal e do Entorno recebem, entre os dias 8 e 31 deste mês, a palestra ‘Se Liga, Irmã’, iniciativa da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que capacita lideranças religiosas para identificar e combater a violência doméstica nas comunidades em que atuam.
A iniciativa é parte da atuação da parlamentar no Agosto Lilás, mês que celebra o aniversário de sanção da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006) e mobiliza a sociedade na prevenção e repressão à violência doméstica contra a mulher.
Serão visitadas igrejas no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Taguatinga, em Samambaia, Planaltina e Valparaíso de Goiás.
Para a senadora, é preciso despertar também nas comunidades religosas a necessidade de debater essa temática, inclusive com a capacitando lideranças na prevenção e enfrentamento da violência contra mulher para criar uma rede cristã comprometida com a proteção da mulher.
“As igrejas estão inseridas no contexto das comunidades, da vizinhança, muitas vezes mais próximos das famílias do que qualquer ente público. Por isso precisamos que todos ali entendam, primeiramente, sobre o ciclo da violência doméstica, as formas como ela se manifesta. E que também saibam para onde encaminhar as vítimas, como acessar a rede de proteção”, explica a parlamentar brasiliense.
Desde abril, quando a inciativa foi lançada, quatro igrejas já foram visitadas.
Capacitação
Na palestra, a senadora apresenta preceitos e citações bíblicas, desde o Velho até o Novo Testamento, que demonstram a fundamentação religiosa cristã de necessidade de proteção da mulher.
Damares Alves faz também uma contextualização da violência doméstica no Brasil e no mundo, com a apresentação de casos e números de grande repercussão, além de explicar, tecnicamente, o conceito de feminicídio aplicado à legislação brasileira.
Há, ainda, uma explicação sobre os vários tipos de violência – como psicológica, física, moral, sexual e assédio – e as penalidades previstas para os agressores, bem como uma citação das principais iniciativas governamentais e de entidades da sociedade civil criadas para a proteção da mulher e a prevenção à violência.
“Nós damos ali uma contextualização em uma linguagem que as pessoas que frequentam as igrejas entendam. E fazemos, inclusive, um chamamento para as lideranças. A igreja é, muitas vezes, o refúgio dessa mulher, que quer fugir desse contexto de violência. Importante orar por ela, fornecer a ela a cura espiritual. Mas é também fundamental saber como preservar a vida dela”, diz senadora.