Júri condena dois homens a mais de 130 anos de prisão por chacina em assentamento cigano em Sobradinho

Foto: Pedro Ventura/ Agência Brasília

Um julgamento histórico ocorreu em Sobradinho, com a condenação de dois homens a penas que somam mais de 130 anos de prisão por um triplo homicídio ocorrido em um assentamento cigano em 2020. O crime, resultado de um desentendimento após a venda de um veículo, chocou a região e mobilizou as forças policiais.

De acordo com as investigações da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho I), um grupo de homens de São Sebastião teria sido atraído para o assentamento cigano com a promessa de quitar uma dívida referente à compra de um veículo. No entanto, o carro havia sido adulterado, o que levou à prisão de um dos compradores. Ao ser libertado, ele tentou reaver o valor pago, o que gerou um confronto violento entre os dois grupos.

Durante o confronto, três membros do grupo de São Sebastião foram mortos, dois ficaram feridos e um conseguiu fugir. Do lado dos ciganos, um homem também foi morto e outros dois ficaram feridos.

Os dois grupos foram julgados em júris populares separados, devido à complexidade do caso. Na última sexta-feira (1º/10), dois membros do grupo cigano foram condenados a penas de 60 e 77 anos de reclusão, respectivamente. Anteriormente, um dos membros do grupo de São Sebastião já havia sido condenado a 22 anos e 9 meses de prisão.

O delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado, ressaltou a complexidade das investigações e a importância da condenação para fazer justiça às vítimas e seus familiares. “Na ocasião, houve um confronto entre os grupos (os compradores e os ciganos) em que três membros de São Sebastião morreram no local, dois ficaram feridos e um conseguiu fugir sem ser atingido”, afirmou o delegado.

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