O Brasil tem quase 16,4 milhões de pessoas morando em áreas de favela, o que representa 8,1% da população total do país. Os dados são um recorte do Censo Demográfico 2022 divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, são 12,3 mil favelas ou comunidades urbanas no país, que estão concentrada em 656 cidades.
Estado mais populoso do país, São Paulo concentra a maior quantidade de favelas, com 3,1 mil locais identificados pelo instituto, praticamente um quarto do total. Rio de Janeiro, com 1,7 mil, e Pernambuco, com 849 favelas, completam o topo da lista.
A Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro, é hoje a maior favela do país, com 72 mil moradores. Em segundo lugar, está a Sol Nascente, no Distrito Federal, com 70,9 mil habitantes.
O IBGE agora usa o conceito de favelas e comunidades urbanas, classificados como territórios populares originados de estratégias da população para “atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados, diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade”.
Hoje, o Sudeste reúne 6 mil favelas e comunidades urbanas, o que representa 48,7% do total. Trata-se de praticamente o dobro do que se vê na região Nordeste, a segunda com a maior quantidade de favelas, com 3,3 mil (ou 26,8%).
Percentualmente, a Região Norte é destaque. No Amazonas, um a cada três moradores mora em um local considerado favela ou comunidade urbana. Amapá (24,4%) e Pará (18,8%), também na Região Norte, vêm na sequência. Em São Paulo, 8,2% da população vive em favelas, número ligeiramente acima da média nacional (8,1%).
Os dados do Censo apontam que, entre as vinte favelas e comunidades urbanas mais populosas do país, oito estavam na Região Norte (sete delas em Manaus), sete no Sudeste, quatro na Região Nordeste e somente uma, justamente a do Sol Nascente, no Centro-Oeste. Nenhuma das 20 maiores favelas está na Região Sul.
*PN