O jogador Alexandre Pato se ofereceu para arcar com os custos do translado do corpo de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu na Indonésia após cair em uma trilha até o vulcão Rinjani.
De acordo com informações postadas nas redes, Pato entrou em contato pedindo auxílio para falar com a família de Juliana. Ele teria tentado falar com o pai da turista, mas sem sucesso.
“Quero pagar esse valor para que todos tenham paz e para que ela possa descansar ao lado da família”, disse o jogador.
Posteriormente, a informação foi confirmada pela assessoria do SBT, onde Pato atualmente trabalha como comentarista esportivo.
– Como é algo pessoal, ele prefere não falar – disse a assessoria.
O governo brasileiro informou que não ajudará a custear o translado do corpo da brasileira. Segundo o Itamaraty, o transporte de falecidos para o Brasil não pode ser pago com recursos públicos e precisa ser bancado pela própria família.
O Ministério das Relações Exteriores afirma que o papel das embaixadas e consulados se limita a dar orientações à família, ajudar no contato com autoridades locais e na questão burocrática envolvendo documentação. Como argumento, a pasta cita o decreto 9.199/2017, que no § 1º do artigo 257 versa sobre o tema.
A pasta não fez qualquer menção à possibilidade de enviar um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para auxiliar no caso da jovem, que causou comoção em todo o Brasil. O ministério disse que não divulga detalhes sobre a assistência prestada pelo ministério a brasileiros no exterior.
Corpo da jovem foi resgatado
As equipes de resgate da Indonésia conseguiram retirar, nesta quarta-feira (25), do Monte Rinjani, o corpo da brasileira Juliana Marins. Ao todo, a operação de içamento durou mais de sete horas. A informação sobre a retirada do corpo foi confirmada pelo chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), marechal do ar TNI Muhammad Syafi’i.
Segundo Syafi’i, após ser levado até uma base, o corpo será transferido a um hospital antes dos trâmites para repatriação ao Brasil.
“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, disse o marechal do ar.
A retirada do corpo do Monte Rinjani envolveu três equipes e contou com o apoio de voluntários. Parte do trajeto foi documentado por um montanhista que auxiliou na missão. Durante a descida, sete pessoas acompanharam o resgate, sendo três posicionadas a cerca de 400 metros de profundidade e outras quatro mais abaixo, a 600 metros.