Entre os dias 27 e 31 de março, o instituto Genial/Quaest foi às ruas de 120 cidades para ouvir a opinião de 2.004 eleitores sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dados levantados mostram que a insatisfação com a gestão cresceu e chegou ao ponto mais alto desde janeiro de 2023, quando teve início o atual mandato.
O levantamento divulgado na quarta-feira, 2 de abril, apontou que 56% dos entrevistados desaprovam a atuação do presidente, número que em janeiro era de 49%. A queda na aprovação também foi registrada: passou de 47% no início do ano para 41% agora.
A pesquisa também questionou como os eleitores avaliam o governo. Para 41% dos entrevistados, a atuação do Executivo é ruim ou péssima, enquanto 27% a consideram boa ou ótima. Outros 29% classificaram a gestão como regular. Apenas 3% não souberam opinar.
A rejeição ao presidente é mais forte entre os que têm entre 16 e 34 anos, os evangélicos, os que completaram até o ensino médio e os que recebem mais de cinco salários mínimos. Em todos esses grupos, a desaprovação chegou a 64% ou mais. Em contrapartida, Lula tem aprovação maior entre pessoas com até o ensino fundamental, entre quem ganha até dois salários mínimos e entre os maiores de 60 anos.
O apoio também caiu entre os eleitores que votaram no presidente no segundo turno de 2022. A avaliação positiva desse grupo caiu de 81% para 72%, enquanto a negativa subiu de 17% para 26%. Apenas 2% preferiram não responder.
Entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro, a reprovação aumentou de 88% para 92%. A aprovação, nesse grupo, recuou de 10% para 7%. Já entre os que anularam ou votaram em branco, a rejeição passou de 55% para 62%, e a aceitação caiu de 38% para 31%. Os que não quiseram responder somam 7%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.