Maduro critica sistema eleitoral brasileiro e diz que resultados não são auditados

Foto: MArcelo Camargo/Agência Brasil

Em um comício nesta terça-feira (23/7), o ditador venezuelano Nicolás Maduro disse que o sistema eleitoral do Brasil não é auditado. A declaração foi feita após ele comparar o sistema de votações da Venezuela ao de outro países, como Brasil, Colômbia e Estados Unidos.

“Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Temos 16 auditorias (…). Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil, não auditam um registro. Na Colômbia, não auditam nenhum registro”, declarou.

Foi durante esse mesmo comício que Maduro mandou uma “indireta” ao presidente Lula (PT), com uma declaração na qual fez referência a um comentário feito pelo petista na última segunda-feira (22), quando Lula disse ter ficado assustado com uma fala em que o ditador venezuelano disse que haveria “banho de sangue” se perdesse as eleições.

“O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição”, declarou Lula na ocasião.

Sem citar pessoalmente Lula, o presidente venezuelano disse que prevê para “aqueles que se assustaram” a maior vitória eleitoral dele na história. Sobre o “banho de sangue”, Maduro afirmou que não disse nenhuma mentira, mas que apenas fez uma reflexão.

“Quem se assustou que tome um chá de camomila”, completou.

Sobre a auditoria das urnas, o TSE informou, sem citar o político venezuelano, que existem várias camadas para garantir a integridade do sistema. “As urnas eletrônicas e os sistemas eleitorais a serem utilizados nas Eleições Municipais de 2024 passam por diversas fases de auditoria interna e externa antes, durante e após o pleito. Um dos instrumentos de auditoria dos resultados das eleições — disponível para todos logo após o pleito — é o próprio Boletim de Urna (BU)”, informou a corte.

 

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