Oposição passa a noite no Senado e na Câmara em protesto

Foto: Reprodução/TV Câmara

Parlamentares da oposição ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a noite desta terça (5/8) para quarta-feira (6/8) ocupando os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A ação, que teve início no fim da tarde, se estendeu pela madrugada e integra uma estratégia para pressionar as presidências das duas Casas a pautarem temas sensíveis, como a PEC do fim do foro privilegiado, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Na Câmara dos Deputados, os parlamentares da oposição se revezaram em turnos rotativos de três horas, garantindo a presença constante de representantes ao longo da madrugada. Já no Senado, nomes de peso da ala bolsonarista, como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN) e Marcos Rogério (PL-RO), permaneceram nas dependências da Casa até as primeiras horas desta quarta-feira, demonstrando o engajamento da bancada na mobilização.

De acordo com os organizadores do protesto, o objetivo é travar a pauta legislativa até que os temas reivindicados passem a ser debatidos formalmente. A estratégia surtiu efeito nesta terça-feira: as sessões plenárias do Senado e da Câmara foram canceladas e diversas comissões não conseguiram formar quórum suficiente para deliberar, paralisando o andamento de projetos.

A mobilização ocorre em meio à escalada de tensões entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, especialmente após a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes justificou a medida alegando que Bolsonaro teria violado restrições impostas anteriormente, ao aparecer em mensagens transmitidas por familiares e aliados durante manifestações, fato considerado pelo ministro como tentativa de coação institucional ao STF.

Além das pautas específicas, a ocupação dos plenários também visa pressionar o Legislativo a retomar o protagonismo político frente ao Judiciário. Os parlamentares da oposição têm afirmado que as recentes decisões da Suprema Corte ultrapassam os limites constitucionais e configuram interferência indevida no processo político.

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