PF prende ex-ministros de Bolsonaro Augusto Heleno e Paulo Sérgio

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Dois ex-ministros do governo Jair Bolsonaro foram presos nesta terça-feira (25/11), em mais um capítulo da crise que envolve antigos integrantes do Palácio do Planalto.

De acordo com reportagem do portal G1, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão contra o general da reserva Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional, e o general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, que foi ministro da Defesa no governo Bolsonaro. As ordens judiciais fazem parte de uma nova fase de investigações que miram aliados do ex-presidente.

Augusto Heleno e Paulo Sérgio estavam entre as figuras mais influentes da cúpula militar do antigo governo. O primeiro era uma das vozes mais próximas de Bolsonaro em temas de segurança e política, enquanto o segundo substituiu o general Braga Netto no Ministério da Defesa e permaneceu no cargo até o fim do mandato, em 2022.

A operação desta terça-feira (25/11) atinge o núcleo mais sensível do bolsonarismo, formado por ex-ministros e auxiliares que participaram diretamente das decisões do governo. As prisões reforçam o cerco judicial a antigos colaboradores do ex-presidente, que já responde a diferentes investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e na própria PF.

Os detalhes dos mandados – como a modalidade das prisões, os crimes investigados e o tempo de duração das medidas – serão esclarecidos pelas autoridades responsáveis à medida que os autos forem sendo tornados públicos. Em casos dessa natureza, é comum que parte das informações permaneça sob sigilo para preservar a apuração.

A defesa dos investigados ainda não havia se manifestado até a publicação deste texto. Em situações semelhantes, advogados costumam questionar a necessidade das prisões e defender que seus clientes sempre atuaram dentro da legalidade, o que deve se repetir no caso dos ex-ministros.

Enquanto o processo avança, o episódio tende a ter forte impacto político. A prisão de dois generais da reserva, que comandaram pastas estratégicas durante o governo Bolsonaro, aprofunda a crise em torno do legado do ex-presidente e aumenta a pressão sobre o núcleo que ainda o apoia, tanto em Brasília quanto nos estados.

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