Primeiro infectado por varíola de macaco na Alemanha é brasileiro

Foto: CDC

Um brasileiro de 26 anos foi diagnosticado com varíola de macaco na Alemanha, representando a primeira confirmação da doença no país europeu. O paciente esteve em Portugal e também na Espanha antes de desembarcar em solo alemão. Atualmente, ele se encontra isolado na cidade de Munique.

Ao chegar ao hospital, o homem já apresentava as erupções na pele que são um dos sintomas da varíola. A doença é provocada por um vírus e, sendo assim, é contagiosa, podendo ser passada por meio de contato com fluidos corporais de pessoas infectadas ou por superfícies contaminadas.

Tanto Portugal quanto Espanha já possuem mais de 20 casos da doença. França, Bélgica, Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália também registraram infectados.

Na República Democrática do Congo são mais de 1200 casos suspeitos e 58 mortes entre eles, segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Precisamos entender melhor a extensão da varíola do macaco nos países endêmicos para entender a verdade sobre como está circulando e o risco que significa para as pessoas, bem como o risco de exportação”, alertou a epidemiologista Maria Van Kerkhove.

Origem do vírus

O primeiro caso conhecido entre humanos foi registrado na República Democrática do Congo, em 1970. Desde então, a infecção chegou a outros países, mas em números limitados de casos, já que a transmissão entre humanos é considerada mais rara. Normalmente, estes casos são exportados de algum país do continente africano.

No histórico da doença, os EUA registraram um surto da infecção. Na época, as autoridades “determinaram que um carregamento de animais de Gana, importados para o Texas em abril de 2003, introduziu o vírus da varíola dos macacos nos Estados Unidos. A remessa continha aproximadamente 800 pequenos mamíferos representando nove espécies diferentes, incluindo seis tipos de roedores”, explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Sem sintomas, os animais foram vendidos para criação doméstica e contaminaram muitos compradores.

Oficialmente, o reservatório animal da varíola do macaco permanece desconhecido, mas a OMS pondera que seja muito provável que esteja entre os roedores. “O contato com animais vivos e mortos através da caça e do consumo de caça ou carne de caça são fatores de risco conhecidos”, explica a organização.

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