Prisão de Bolsonaro é mantida após audiência de custódia

Foto: Gustavo Moreno/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante audiência de custódia realizada neste domingo (23/11), em Brasília, que tentou abrir a tornozeleira eletrônica porque teria passado por um “surto” provocado por medicamentos. Ele negou, porém, qualquer intenção de fugir.

A juíza auxiliar Luciana Sorrentino, responsável pela audiência, decidiu manter a prisão preventiva do ex-presidente após a oitiva. A ata do procedimento registra que Bolsonaro relatou ter tido a impressão de que o equipamento continha algum tipo de escuta.

“Depoente afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa” diz a ata.

Bolsonaro também disse não recordar de episódios semelhantes no passado e afirmou que o quadro pode ter sido desencadeado por um medicamento que começou a tomar cerca de quatro dias antes da violação registrada na tornozeleira.

A audiência de custódia, que serve para verificar a legalidade da prisão e garantir o respeito aos direitos do detido, terminou por volta de 12h40, quando, de acordo com informações apuradas pela TV Globo, os advogados do ex-presidente deixaram a Superintendência da Polícia Federal em Brasília (DF), onde Bolsonaro está detido.

Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal fará uma sessão extraordinária para decidir se mantém a ordem de prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes ou se revoga a medida. O julgamento ocorrerá entre 8h e 20h, com participação dos ministros Flávio Dino (presidente da Turma), Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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