O Senado registrou, neste mês, o recebimento de seis novos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de as solicitações terem sido feitas em 2024, somente agora elas entraram no sistema do Parlamento.
Entre as petições, cinco foram protocoladas por cidadãos e uma foi apresentada por um parlamentar, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS). Na denúncia do congressista, a acusação contra Moraes é de que o ministro teria agido de maneira irregular em relação ao caso em que disse ter sido agredido no aeroporto de Roma, na Itália.
Já nos pedidos protocolados por pessoas sem mandato eletivo, três deles questionam a multa de R$ 22 milhões por litigância de má-fé aplicada pelo magistrado ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando a sigla apresentou um pedido de verificação extraordinária das urnas eletrônicas utilizadas no pleito de 2022.
Uma quarta petição questiona o resultado das eleições presidenciais de 2022 e diz que grande parte da população “não acredita na possibilidade” de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido, de fato, eleito pelo voto.
Por fim, um outro pedido aponta crimes contra a liberdade de expressão que teriam sido cometidos pelo ministro e cita um relatório sobre Moraes apresentado por uma comissão do Congresso dos Estados Unidos, em abril do ano passado. Na ocasião, o colegiado de congressistas americanos acusou o membro do STF de ter forçado a rede social X a censurar usuários.