Neste domingo (4/8), manifestantes bolsonaristas realizaram atos em diversas capitais brasileiras em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre medidas cautelares determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entre as restrições impostas, o ex-chefe do Executivo está proibido de sair de casa aos fins de semana e de utilizar redes sociais.
Com forte presença de mensagens pró-Estados Unidos e agradecimentos a Donald Trump, os atos chamaram a atenção pelo tom internacionalizado. Em faixas, camisetas e cartazes, apoiadores pediam ajuda do ex-presidente americano, defendiam a volta de Bolsonaro à Presidência em 2026 e criticavam o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Brasília
Na capital federal, o protesto ocorreu em frente à sede do Banco Central, reunindo apoiadores e parlamentares alinhados à oposição. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), uma das organizadoras do ato, afirmou que a manifestação visava “dar voz a quem foi calado”, em referência às medidas judiciais que restringem as manifestações públicas de Bolsonaro.
“Não é apenas sobre o presidente Bolsonaro, é sobre todos que querem liberdade de expressão e têm sido perseguidos por suas opiniões”, declarou Kicis durante o evento. Cartazes em inglês e português pediam o fim da “ditadura do Judiciário”, reforçando a narrativa de cerceamento das liberdades individuais. Não foram registrados incidentes durante a manifestação.
RJ
Na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, a manifestação teve forte apelo emocional. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) discursou ao lado de um totem com a imagem do pai e exibiu um áudio de agradecimento do ex-presidente. Em inglês, Flávio declarou: “Thank you, America, for helping us to rescue our democracy” (Obrigado, América, por nos ajudar a resgatar nossa democracia), antes de repetir a mensagem em português.
Faixas com os dizeres “BolsoTrump”, “TrumpNaro” e “SOS Trump, help the people of Brasil” foram vistas entre os manifestantes. O político Alexandre Isquierdo, ligado ao pastor Silas Malafaia e integrante da Secretaria Estadual do Rio de Janeiro, também participou do ato e pediu aplausos ao ex-presidente americano.
