Vídeo: Bolsonaro brinca e chama Alexandre de Moraes para ser seu vice em 2026

Foto: Antonio Augusto/STF

Durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) brincou com o ministro Alexandre de Moraes.

Em tom de brincadeira, o ex-presidente convidou o ministro para ser vice na chapa dele nas eleições de 2026. Rindo, o magistrado disse que declinava do convite.

Bolsonaro, que está inelegível, é ouvido na condição de réu por suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

O interrogatório

Bolsonaro pediu desculpas por ter insinuado em uma reunião que os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF, receberiam dinheiro para fraudar o resultado das eleições. Fachin presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2021, e Moraes, em 2022.

Isso ocorreu no momento em que o ministro leu trecho da gravação do vídeo da reunião de planejamento em que Bolsonaro afirmou que “não poderia perder eleição num pleito fraudado”. Em resposta acusação, Bolsonaro disse:

“Não tem indício nenhum, ministro. Tanto é que era uma reunião para não ser gravada, um desabafo, uma retórica que eu usei. Então, me desculpem, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três”, declarou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro começou negando ter participado de tentativa de golpe de Estado. Ao ser questionado pelo relator da ação, disse que “não procede a acusação”.

O ministro Alexandre de Moraes questionou o ex-presidente a respeito das reiteradas alegações de Bolsonaro em relação a supostas fraudes nas eleições. E citou falas de uma reunião de 5 de julho de 2022. Lembrou que Bolsonaro determinou que os ministros do governo deveriam reforçar o discurso de fraude do pleito. Moraes negou pedido da defesa para exibir vídeos durante o seu interrogatório sobre a suposta trama golpista. Então, Bolsonaro narrou o conteúdo dos vídeos.

“A questão de questionar as urnas poderiam ser baseadas em vários pontos. Um deles trata de fala do ministro Flávio Dino que disse haver fraudes. Depois, curiosamente, o senhor Carlos Lupi, que entrou com ação por minha inelegibilidade, ele diz que sem impressão de voto há fraude em pena. Isso até hoje está no Facebook dele. Fiquei feliz que teríamos voto impresso em 2018, mas foi vetado pela senhor Dilma Rousseff. Derrubamos o veto”.

Bolsonaro também voltou a utilizar a expressão “joguei dentro das quatro linhas da Constituição”.

Ao todo, o STF interrogará, nesta semana, os oito acusados de participar do “núcleo crucial” da trama golpista. A ordem de interrogatório seguirá ordem alfabética – com exceção de Cid, que foi o primeiro a ser ouvido por ser o delator:

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator;
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
Jair Bolsonaro, ex-presidente;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro.

Veja o vídeo:

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