O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido por parlamentares aliados na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta segunda-feira (21). O encontro, que começou com uma oração do Pai Nosso, foi convocado pelo Partido Liberal (PL) e reuniu deputados de diversos estados.
A reunião acontece três dias depois de Bolsonaro ter que usar uma tornozeleira eletrônica, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo do encontro, organizado pelo líder da bancada do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), foi discutir as recentes decisões da Suprema Corte e a operação da Polícia Federal (PF) da última sexta-feira (18), que teve Bolsonaro como um dos alvos.
Decisão de Moraes
Na decisão que levou ao uso da tornozeleira, o ministro Alexandre de Moraes apontou que as investigações indicam que Bolsonaro e outros teriam agido para pressionar governos estrangeiros, em especial os Estados Unidos, a aplicar sanções contra agentes públicos brasileiros e a coagir o STF.
Segundo o ministro, essa articulação envolveria “atos hostis e negociações criminosas” com o objetivo de submeter a Corte “ao crivo de um Estado estrangeiro”. A apuração cita, entre outros elementos, uma carta do então presidente dos EUA, Donald Trump, que mencionou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em reação a políticas brasileiras e ao tratamento dado a Bolsonaro.
Bolsonaro chegou à Câmara pela chapelaria do Congresso Nacional, acompanhado de deputados como Marcel Van Hattem (Novo-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), além de outros integrantes da oposição.
Mesmo com as sessões do plenário suspensas até agosto, por decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a bancada do PL e seus aliados têm mantido reuniões e atividades internas durante o recesso parlamentar.
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