Vídeo: Com a presença de Lula, Dilma toma posse como presidente do banco dos Brics

Nesta quinta-feira (13/4), a ex-presidente Dilma Rousseff tomou posse na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), o chamado banco do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A cerimônia aconteceu em Xangai, na China, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No discurso de posse, Dilma falou em um compromisso do banco na mobilização de recursos para investimentos em “energia limpa e eficiente, infraestrutura de transporte, água e saneamento, proteção ambiental, infraestrutura social e infraestrutura digital”.

Segundo Dilma, o NDB vai dar “grande prioridade” ao levantamento de fundos próprios para o financiamento de projetos. O banco, segundo Rousseff, está em uma “posição única para liderar o caminho ao modelo de desenvolvimento de um mundo próspero”, respeitando as características de cada país.

Os integrantes do Brics têm uma população, somada, de 3 bilhões de pessoas, além de um Produto Interno Bruto (PIB) de 25 trilhões de dólares (R$ 122,96 trilhões). Ao final, Dilma disse ter uma forte conexão com o NDB, pois o banco foi criado em um encontro dos líderes do Brics em Fortaleza, em 2014, durante seu primeiro mandato na Presidência.

O presidente Lula também fez um discurso, o chefe do Executivo disse que a criação do NDB mostra que a união dos países emergentes tem grande potencial e é capaz de criar mudanças sociais e econômicas relevantes para o mundo.

“Pela primeira vez um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais, com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local”.

Em uma solenidade recheada de deputados e ministros brasileiros, integrantes da comitiva de Lula nesta viagem à China, o presidente brasileiro não poupou críticas ao FMI, a quem acusou de “asfixiar” a Argentina. Para ele, os bancos devem ter “paciência” e ter em mente a palavra tolerância ao renovar seus acordos de financiamento.

“Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo”, disse. “Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como está fazendo com a Argentina o Fundo Monetário Internacional”, completou.

Veja o vídeo:

<
plugins premium WordPress