O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez um duro discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26), com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas ter sido aceita por unanimidade na Primeira Turma da Suprema Corte.
“Façam as contas comigo. O tribunal tem cinco ministros: o primeiro é [o ministro] Alexandre de Moraes. Ele mesmo julga se é parcial ou não; o outro é [o ministro] Flávio Dino, que é amigo do Lula desde quando o Dino era magro; o terceiro ministro era ex-advogado do Lula, o Zanin; o quarto e o quinto [são ministros que] foram indicados pelo PT” disse o congressista no início de sua fala.
Em seguida, Nikolas lembrou que os advogados dos denunciados ressaltaram, por diversas vezes, que não tinham acesso às provas e que, “em qualquer país normal, isso já seria motivo de nulidade”. O deputado ainda questionou a forma como o ministro Alexandre de Moraes apresentou as imagens dos atos de 8 de janeiro.
” O ministro Alexandre de Moraes, todo amostradinho, quis colocar lá os vídeos do dia 8, da baderna que foi feita aqui. Por que não exibiu o vídeo do MST? Por que não exibiu o vídeo do ministro Benedito, que chega para ele, quando anuncia a vitória do Lula, e fala assim: “Missão dada é missão cumprida”? Por que ele não explicou isso para todos? É claro que não, porque isso, de fato, é um golpe” declarou.
O parlamentar encerrou seu discurso dizendo ser inacreditável que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso porque “tentou dar um golpe fictício lá dos Estados Unidos, enquanto não tem nenhum corrupto da Lava-Jato preso”.
“Inacreditável você falar que esse cara vai para a cadeia porque ele tentou dar um golpe fictício lá dos Estados Unidos, enquanto não tem nenhum corrupto da Lava-Jato preso, enquanto não tem nenhuma pessoa presa que comete crimes sérios neste país, como no PCC e no CV, e estão sendo soltos pelo STF. É inacreditável a vergonha que se tornou o STF. Vocês, sim, são os covardes e têm manchado a história deste país” finalizou.
