Apesar de proibição judicial e multa de R$ 200 mil, greve dos médicos completa 11 dias no DF

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A paralisação dos médicos do Distrito Federal, iniciada no dia 3 de setembro, completa 11 dias nesta sexta-feira (13/9) e a situação na saúde pública da Capital Federal se agrava a cada dia. Apesar da proibição judicial e da imposição de uma multa diária de R$ 200 mil, a categoria mantém a greve, ignorando as decisões da Justiça.

O desembargador Fernando Habibe, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), havia proibido a greve no dia 27 de agosto e aumentou a multa diária para R$ 200 mil após a categoria ignorar a primeira decisão. Com a greve prolongada, a multa já ultrapassa R$ 2 milhões, quantia essa que deveria ser paga pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF).

A paralisação, que já afeta milhares de pacientes, tem causado um colapso nos serviços de saúde. A falta de médicos nos plantões e a suspensão de atendimentos essenciais têm gerado longas filas de espera e sobrecarregando os profissionais que permanecem trabalhando.

A falta de controle sobre a presença de médicos nos plantões é um problema crônico na Secretaria de Saúde do DF. Nenhum secretário até o momento conseguiu implementar um sistema eficiente para monitorar a jornada de trabalho dos profissionais. Com a greve, a situação se agravou ainda mais, dificultando o acompanhamento de quem está realmente trabalhando.

As principais reivindicações dos médicos são, melhoria salarial, realização de novos concursos públicos, prioridade na escolha da lotação. O Sindicato dos Médicos afirma que a greve continuará até que o governo apresente uma proposta satisfatória para atender às demandas da categoria.

O GDF alegou em ação judicial contra a greve que 100% do corpo médico é essencial para o servico público e um reajuste salarial para a categoria “afetará o delicado equilíbrio financeiro das contas públicas” tendo em vista que a remuneração desses servidores supera os R$ 20 mil, superior a média dos servidores. E sobre concursos públicos, o governo, disse que “há certame vigente que teve a formação de cadastro de reserva sem limitação de candidatos, sendo nítidos os esforços para nomeação contínua dos aprovados”.

O impasse coloca em risco a saúde da população do Distrito Federal. A falta de médicos nos hospitais e postos de saúde tem levado ao adiamento de consultas, exames e cirurgias, prejudicando o tratamento de diversas doenças.

É fundamental que as partes envolvidas encontrem uma solução para o conflito o mais rápido possível, garantindo assim a prestação de serviços de saúde de qualidade para todos os cidadãos do Distrito Federal.

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