Na manhã deste sábado (30/3), o governador Ibaneis Rocha (MDB) participou do lançamento do Drenar DF, programa que promete resolver antigos problemas de escoamento de águas pluviais no Distrito Federal. Mas foi uma notícia do dia anterior que dominou o tom de otimismo do evento: a aquisição de parte do Banco Master pelo BRB.
A negociação, anunciada na sexta-feira, marca a compra de 58% das ações do banco privado por R$ 2 bilhões. Para Ibaneis, a operação representa mais do que uma movimentação de mercado — ela simboliza um salto estratégico para o Distrito Federal, com impacto direto nas finanças públicas. A expectativa é clara: com a ampliação dos lucros do BRB, que tem o GDF como sócio majoritário, os dividendos aumentam e, com eles, a capacidade de investimento em áreas essenciais da capital.
O governador destacou que essa conquista é fruto de uma gestão técnica e profissional à frente do banco, na qual a experiência e a qualificação dos dirigentes foram determinantes. “Quando você une visão empresarial com responsabilidade pública, os resultados aparecem”, resumiu.
Com a aquisição, o BRB passa a figurar entre as dez maiores instituições financeiras do país. Os números impressionam: 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações. Mas, mais do que os números, o que chama atenção é a forma como o banco, tradicionalmente ligado à realidade regional, assume um novo papel no cenário nacional — sem perder sua vocação pública.
Ibaneis fez questão de frisar que o avanço do BRB não é um fim em si mesmo, mas uma ferramenta para melhorar a vida da população. Os lucros, segundo ele, não ficarão apenas nos relatórios financeiros. Serão revertidos em obras, infraestrutura e programas que atendam diretamente às necessidades dos cidadãos do Distrito Federal.
Ainda restam etapas regulatórias — o negócio precisa ser aprovado pelo Banco Central e pelo Cade. Mas o clima é de confiança. A transação demonstra que é possível aliar gestão pública com ousadia empresarial, abrindo espaço para o crescimento de uma instituição que, até pouco tempo, era vista como regional.
O momento é simbólico. Em um contexto onde muitas instituições públicas enfrentam desafios de sustentabilidade e inovação, o BRB mostra que é possível trilhar um caminho diferente: de crescimento sólido, com responsabilidade e foco na população.